segunda-feira, 22 de abril de 2019

Formação do Brasil e do brasileiro.



A questão da formação do Brasil e do brasileiro (ou povo brasileiro) tem como um dos pontos fundamentais a miscigenação das três principais raças ou culturas que compuseram nossa diversidade cultural. Essa questão sobrepôs-se à caracterização que se dava ao Brasil nos séculos iniciais de sua formação, sobretudo a partir da distinção medieval. 
A questão das diferenças e desigualdades sociais figura entre os principais problemas abordados pelos intelectuais que trataram de pensar a formação do Brasil. A situação social da Província de Minas Gerais, estudada por Laura de Mello e Souza – autora do texto citado na questão –, está entre os grandes temas referentes ao problema da desigualdade ao longo da História do Brasil.
Apesar de a ideia do “homem cordial” ter sido intuída por Ribeiro Couto, quem a desenvolveu sistematicamente foi o historiador paulista Sérgio Buarque de Holanda, em sua obra “Raízes do Brasil”, publicada em 1936. 
A duas obras capitais de Gilberto Freyre são Casa Grande & Senzala e Sobrados & Mucambos. Ambas apresentam um quadro de análise da formação da sociedade patriarcal brasileira. As outras obras mencionadas nas alternativas também são exemplos de trabalhos que pensaram o Brasil, porém são de outros autores, como Sérgio Buarque de Holanda, Paulo Padro e Caio Prado Jr.
A discussão sobre a formação social do Brasil se confunde com o próprio surgimento da sociologia brasileira. Quando, ainda na década de 30, surgiram entre nós os primeiros sociólogos, todos eles tinham uma preocupação central em comum: afinal, quem somos nós? O que significa ser brasileiro? Qual é a identidade nacional do Brasil? Naturalmente, as respostas formuladas pelos pensadores do período foram as mais variadas, no entanto, todos eles procuraram encontrar na história brasileira, na formação de nossa sociedade, as raízes de sua identidade. Assim, é dos anos 30 e desse debate sobre a brasilidade que nos vêm as obras magnas do pensamento social brasileiro, tais comoRaízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda (isso mesmo, o pai do Chico Buarque) eEvolução Política do Brasil, do intelectual comunista Caio Prado Júnior.
Dentre todos os sociólogos nacionais, porém, nenhum deles se compara a Gilberto Freyre. Defendido ou amaldiçoado, compreendido ou não, mas nunca ignorado, Freyre é certamente o maior pensador de nossas terras. Como seria natural, a sua obra máxima,Casa-Grande e Senzala, versa justamente sobre a formação social do Brasil e sobre a identidade de nossa pátria. Aliás, o que tornou o autor tão significativo, foi  justamente a maneira inovadora pela qual ele interpretou o Brasil. Até então era comum, sobretudo por influência do darwinismo social, considerar-se que a miscigenação, isto é a mistura de etnias, é um mal que enfraquece nações. Freyre, por sua vez, via na mistura de raças e povos que compõe o Brasil, a grande riqueza de nossa nação. Para ele, o elemento fundante da identidade nacional é o fato de que somos diversos, que a brasilidade foi constituída pela síntese entre a cultura portuguesa dos colonizadores, as matrizes originárias indígenas e as influências trazidas pelos africanos. Para Freyre, mais do que uma mera justaposição de elementos culturais diversos, o que o nosso país realizou foi a construção de uma pátria capaz de lidar com as diferenças. Nosso país não tem um grande histórico militar e a colonização aqui jamais se impôs por um conflito aberto, tal como foi no México ou no Peru.
A população absoluta do Brasil está entre as maiores do mundo, atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. No entanto, em razão de sua elevada margem territorial, é considerado um país pouco povoado, ou seja, sua densidade demográfica é baixa em relação ao restante do mundo. Apesar disso, há elevadas concentrações populacionais em função do fato de a população não estar bem distribuída no território.
II. As atividades coloniais tiveram seu início nas faixas litorâneas do país. Primeiramente na região Nordeste e depois se deslocando para o Sudeste. Com isso, as principais atividades econômicas e estruturais concentraram-se nessa última região, que também foi a primeira a conhecer uma industrialização mais intensa, pois se tratava do principal polo econômico e de poder na época. Além disso, soma-se o poderio de oligarquias regionais, sobretudo no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
Durante o período colonial não houve uma urbanização acelerada no país, o que veio a ocorrer ao longo do século XX.

Na tabela apresentada pelo enunciado da questão, observa-se a atuação da população brasileira, em maior parte, no setor terciário da economia. Isso é fruto da atual tendência do capitalismo, que se reproduz também no Brasil, que é a terciarização econômica, em que a população é substituída pela máquina nos setores primário e secundário, passando a fazer parte principalmente dos ramos de serviços e comércio, que integram o setor terciário.
O gráfico apresentado pela questão revela a queda nas taxas de natalidade no Brasil ao longo dos anos. A principal consequência desse fator é a redução do crescimento vegetativo, que nada mais é do que o número de nascimentos menos o índice de mortalidade.
 a) Falso – o envelhecimento populacional no Brasil deve-se, justamente, à melhoria da qualidade de vida no país, aumentando a expectativa de vida e contribuindo para a elevação das médias de idade.
b) Falso – o aumento da população masculina nas regiões Centro-oeste e Norte não se deve às condições de vida, uma vez que essas vêm melhorando nos últimos anos em todas as regiões brasileiras.
c) Verdadeiro As regiões metropolitanas sofrem com crimes relacionados à violência urbana, bem como com a sequência de mortes envolvendo acidentes de trânsito. Estatisticamente, as maiores vítimas dessas ocorrências são homens, o que contribui para a diminuição desses no espaço das metrópoles.
d) Falso – êxodo rural é a saída em massa dos trabalhadores do campo para a cidade, e não a procura por trabalho nas frentes agrícolas.


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