A questão da formação do Brasil e do brasileiro (ou
povo brasileiro) tem como um dos pontos fundamentais a miscigenação das três
principais raças ou culturas que compuseram nossa diversidade cultural. Essa
questão sobrepôs-se à caracterização que se dava ao Brasil nos séculos iniciais
de sua formação, sobretudo a partir da distinção medieval.
A questão das diferenças e desigualdades sociais figura
entre os principais problemas abordados pelos intelectuais que trataram de
pensar a formação do Brasil. A situação social da Província de Minas Gerais,
estudada por Laura de Mello e Souza – autora do texto citado na questão –, está
entre os grandes temas referentes ao problema da desigualdade ao longo da
História do Brasil.
Apesar de a ideia do “homem cordial” ter sido intuída
por Ribeiro Couto, quem a desenvolveu sistematicamente foi o historiador
paulista Sérgio Buarque de Holanda, em sua obra “Raízes do Brasil”, publicada
em 1936.
A duas obras capitais de Gilberto Freyre são Casa
Grande & Senzala e Sobrados & Mucambos. Ambas apresentam um quadro de
análise da formação da sociedade patriarcal brasileira. As outras obras
mencionadas nas alternativas também são exemplos de trabalhos que pensaram o
Brasil, porém são de outros autores, como Sérgio Buarque de Holanda, Paulo
Padro e Caio Prado Jr.
A
discussão sobre a formação social do Brasil se confunde com o próprio
surgimento da sociologia brasileira. Quando, ainda na década de 30, surgiram
entre nós os primeiros sociólogos, todos eles tinham uma preocupação central em
comum: afinal, quem somos nós? O que significa ser brasileiro? Qual é a
identidade nacional do Brasil? Naturalmente, as respostas formuladas pelos
pensadores do período foram as mais variadas, no entanto, todos eles procuraram
encontrar na história brasileira, na formação de nossa sociedade, as raízes de
sua identidade. Assim, é dos anos 30 e desse debate sobre a brasilidade que nos
vêm as obras magnas do pensamento social brasileiro, tais comoRaízes do Brasil, de
Sérgio Buarque de Holanda (isso mesmo, o pai do Chico Buarque) eEvolução Política do Brasil,
do intelectual comunista Caio Prado Júnior.
Dentre
todos os sociólogos nacionais, porém, nenhum deles se compara a Gilberto
Freyre. Defendido ou amaldiçoado, compreendido ou não, mas nunca ignorado,
Freyre é certamente o maior pensador de nossas terras. Como seria natural, a
sua obra máxima,Casa-Grande
e Senzala, versa justamente sobre a formação social do Brasil e
sobre a identidade de nossa pátria. Aliás, o que tornou o autor tão
significativo, foi justamente a maneira inovadora pela qual ele
interpretou o Brasil. Até então era comum, sobretudo por influência do
darwinismo social, considerar-se que a miscigenação, isto é a mistura de
etnias, é um mal que enfraquece nações. Freyre, por sua vez, via na mistura de
raças e povos que compõe o Brasil, a grande riqueza de nossa nação. Para ele, o
elemento fundante da identidade nacional é o fato de que somos diversos, que a
brasilidade foi constituída pela síntese entre a cultura portuguesa dos
colonizadores, as matrizes originárias indígenas e as influências trazidas
pelos africanos. Para Freyre, mais do que uma mera justaposição de elementos
culturais diversos, o que o nosso país realizou foi a construção de uma pátria
capaz de lidar com as diferenças. Nosso país não tem um grande histórico
militar e a colonização aqui jamais se impôs por um conflito aberto, tal como
foi no México ou no Peru.
A
população absoluta do Brasil está entre as maiores do mundo, atrás apenas da
China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. No entanto, em razão de sua elevada
margem territorial, é considerado um país pouco povoado, ou seja, sua densidade
demográfica é baixa em relação ao restante do mundo. Apesar disso, há elevadas
concentrações populacionais em função do fato de a população não estar bem
distribuída no território.
II. As atividades
coloniais tiveram seu início nas faixas litorâneas do país. Primeiramente na
região Nordeste e depois se deslocando para o Sudeste. Com isso, as principais
atividades econômicas e estruturais concentraram-se nessa última região, que
também foi a primeira a conhecer uma industrialização mais intensa, pois se
tratava do principal polo econômico e de poder na época. Além disso, soma-se o
poderio de oligarquias regionais, sobretudo no Rio de Janeiro, Minas Gerais e
São Paulo.
Durante o período
colonial não houve uma urbanização acelerada no país, o que veio a ocorrer ao
longo do século XX.
Na
tabela apresentada pelo enunciado da questão, observa-se a atuação da população
brasileira, em maior parte, no setor terciário da economia. Isso é fruto da
atual tendência do capitalismo, que se reproduz também no Brasil, que é a
terciarização econômica, em que a população é substituída pela máquina nos
setores primário e secundário, passando a fazer parte principalmente dos ramos
de serviços e comércio, que integram o setor terciário.
O
gráfico apresentado pela questão revela a queda nas taxas de natalidade no
Brasil ao longo dos anos. A principal consequência desse fator é a redução do
crescimento vegetativo, que nada mais é do que o número de nascimentos menos o
índice de mortalidade.
a) Falso – o
envelhecimento populacional no Brasil deve-se, justamente, à melhoria da
qualidade de vida no país, aumentando a expectativa de vida e contribuindo para
a elevação das médias de idade.
b) Falso – o aumento da
população masculina nas regiões Centro-oeste e Norte não se deve às condições
de vida, uma vez que essas vêm melhorando nos últimos anos em todas as regiões
brasileiras.
c) Verdadeiro – As regiões metropolitanas sofrem com crimes relacionados à
violência urbana, bem como com a sequência de mortes envolvendo acidentes de
trânsito. Estatisticamente, as maiores vítimas dessas ocorrências são homens, o
que contribui para a diminuição desses no espaço das metrópoles.
d) Falso – êxodo rural é a saída em massa
dos trabalhadores do campo para a cidade, e não a procura por trabalho nas
frentes agrícolas.